O financiamento de imóveis com entrada parcelada vem ganhando destaque em 2025, principalmente entre jovens compradores e famílias que desejam realizar o sonho da casa própria sem comprometer todo o orçamento inicial. Ao contrário dos modelos tradicionais, em que o valor precisa ser pago à vista, o parcelamento abre espaço para mais pessoas ingressarem no mercado imobiliário sem esperar anos para juntar a quantia necessária.
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Esse movimento está sendo impulsionado por bancos que buscam atrair novos clientes e se diferenciar no setor. Com a concorrência entre instituições financeiras e fintechs, cresce a oferta de soluções mais flexíveis. Para quem pensa em comprar um apartamento ou casa em 2025, entender como funciona essa alternativa é fundamental.
Bancos que já oferecem a modalidade

Nos últimos meses, grandes instituições tradicionais passaram a incluir a opção de parcelar a entrada no crédito habitacional. O Caixa Econômica Federal, por exemplo, ampliou seus programas para atrair clientes que têm dificuldade em reunir valores expressivos de uma só vez. O Bradesco e o Itaú Unibanco também criaram versões semelhantes, geralmente vinculadas a condições especiais de prazo e análise de crédito.
A adesão de fintechs também reforça a tendência. Plataformas digitais que antes atuavam apenas com crédito pessoal ou cartões começam a entrar no setor imobiliário, trazendo soluções mais rápidas e menos burocráticas. Embora as regras variem entre os bancos, a lógica é semelhante: o valor da entrada pode ser dividido em até 12 ou 24 vezes, com juros reduzidos ou até mesmo sem acréscimo em campanhas promocionais.
Como funciona o parcelamento da entrada
A principal vantagem é a flexibilidade. Em vez de desembolsar, por exemplo, R$ 60 mil de uma só vez, o comprador pode dividir esse montante em parcelas que se ajustam melhor ao orçamento mensal. Isso permite que o contrato do financiamento seja assinado mais rapidamente, sem esperar anos de economia. No entanto, é importante ficar atento às condições: alguns bancos oferecem o parcelamento com taxas extras, enquanto outros exigem vínculo com produtos adicionais, como seguros ou conta salário.
Outro ponto relevante é que o parcelamento da entrada não elimina a necessidade de comprovar renda. As instituições ainda exigem que o cliente demonstre capacidade de pagamento, incluindo tanto as parcelas da entrada quanto as do financiamento. Por isso, é essencial simular diferentes cenários antes de tomar a decisão. Sites como o Banco Central oferecem calculadoras úteis para comparar custos efetivos totais.
Vantagens e cuidados necessários
Adotar essa alternativa pode acelerar o acesso ao imóvel próprio, especialmente para quem não tem reservas imediatas. Além disso, o parcelamento evita recorrer a empréstimos paralelos com juros elevados, como os de crédito pessoal ou rotativo de cartão. A transparência na negociação, somada à previsibilidade das parcelas, ajuda no controle financeiro familiar e reduz o risco de endividamento desorganizado.
No entanto, há cuidados importantes. Uma das armadilhas mais comuns é assumir parcelas da entrada que, somadas às do financiamento, superam a capacidade real de pagamento. Outro risco é a ilusão de que a entrada parcelada elimina todos os custos iniciais — taxas de cartório, ITBI e seguros obrigatórios continuam existindo e devem ser previstos no orçamento.
Dicas para aproveitar a oportunidade
Antes de assinar contrato, faça simulações em diferentes bancos e compare não apenas o valor das parcelas, mas o custo total da operação. Use comparadores de crédito confiáveis, como o Reclame Aqui e o Serasa, para verificar a reputação das instituições. Também é recomendável conversar com um consultor financeiro independente para avaliar se a estratégia faz sentido para o seu perfil.
Outro ponto é negociar. Alguns bancos estão abertos a condições diferenciadas dependendo do relacionamento do cliente. Se você já possui investimentos, salário ou seguros vinculados à instituição, pode ter mais poder de barganha para reduzir taxas ou aumentar o número de parcelas sem acréscimos.